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Instituto Logweb promove encontro para discutir ideias sobre como garantir os negócios em meio à crise

26 de outubro de 2016
O touro e o urso, símbolos do mercado financeiro, em frente à Bolsa de Frankfurt, na Alemanha. “Bull market” significa tendência de alta; “bear market”, que as ações estão em queda. Crédito da foto: Eva Kröcher.

O touro e o urso, símbolos do mercado financeiro, em frente à Bolsa de Frankfurt, na Alemanha. “Bull market” significa tendência de alta; “bear market”, que as ações estão em queda. Crédito da foto: Eva Kröcher.

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“2017: Crescimento selvagem, prepare- -se!” Esse é o tema do encontro que o ILOG – Instituto Logweb de Logística e Supply Chain promoverá no próximo dia 22 de novembro, no Quality Hotel, em Jundiaí, SP.

Estarão reunidos mais de 100 executivos das áreas de indústria, logística e tecnologia da informação, além de representantes de entidades financeiras e renomados palestrantes com expertise no segmento de operações logísticas e de transportes, para discutir o atual e futuro cenários da economia nacional. O objetivo é sugerir propostas de como agir para garantir os negócios nos próximos anos. Afinal, só quem estiver mais bem estruturado irá se sobressair.

Entre os palestrantes e temas abordados, estão: Antonio Wrobleski Filho, presidente do Conselho do Instituto Logweb e sócio-proprietário da AWRO Participações e Logística – “Estratégia e visão. Quanto vale sua empresa? Qual o custo do dinheiro? Onde ele está?”; José Francisco de Lima Gonçalves, economista chefe do Banco Fator – “Perspectivas políticas e econômicas”; Luiz Renato Martins Costa, diretor da GS1 – “Tendências de automação buscando eficiência e redução de custos”; Carlos Campos, sócio-diretor da NIMBI – “Solução de gestão de compras”; Paulo Vigna – sócio-proprietário Legal Control – “Conforto jurídico no mercado, cuidado com contratos”; Rodrigo Segalla Uehara, sócio-diretor de Tecnologia da IN Inteligência – “A importância do mercado de business intelligence e analytics e a superação de desafios”; e João Alfredo, sócio-fundador da Corpflex – “Governança corporativa como alavanca do crescimento”.

José Francisco de Lima Gonçalves, economista chefe do Banco Fator, diz que abordar este tema é muito importante, pois leva a pensar no futuro com possibilidades abertas e passos movidos por impulsos naturais que tentamos domesticar.

“Em economia e finanças, comparações das situações humanas com animais selvagens são famosas. Bull market e bear market são dois estados de ânimo, duas situações de mercado. O primeiro, associado à postura do touro; o segundo, à do urso. Um mais para cima, outro mais para baixo. Ambos violentos, rápidos e capazes de mudanças inesperadas. O que é para cima pode cair, enquanto o outro, enquanto perdura, tem oportunidades: espere melhorar ou aposte na piora”, compara.

TEMA

E por que a escolha do tema? Wrobleski explica que só há duas convicções em vista à atual situação do Brasil: de que a atual crise não passou – e não vai passar tão cedo – e de que as empresas estão sofrendo absurdamente com falta de dinheiro, de capital de giro, de investimentos e, evidentemente, do bem maior, que é o próprio consumidor. “Pelas análises que fiz com base em encontros com representantes de indústrias e do setor financeiro, é bastante claro que todas as companhias continuarão reduzindo número de pessoal e de faturamento. Há poucos segmentos que possam mostrar pequenas melhorias”, conta.

E daí vem o contrassenso: o PIB este ano vai decrescer entre 3,5% e 4%, com previsão de crescimento para o ano que vem variando entre 0,1 a 0,5%, o que é muito baixo. “Como exemplo, uma grande montadora de automóveis chegou a produzir 700 mil unidades em 2012/2013 e vai fechar esse ano com algo entre 180 e 200 mil, que é um grande decréscimo. No ano que vem, ela prevê produzir algo em torno de 300 a 320 mil. Esse crescimento brutal vai acontecer com todo o mercado: os fornecedores desta montadora também fizeram todas as reduções que tinham de fazer e encolheram. Hoje, estão sem espaço e sem capital para poder voltar a produzir cerca de 50% a mais que neste ano. Esse é um lado do que eu chamo de crescimento selvagem e que vai, com certeza, atropelar qualquer outro planejamento”, salienta.

Segundo Wrobleski, a chave para que as organizações consigam se reposicionar está na busca por eficiência e eficácia. “Parece muito simples de falar, mas é complicado de implementar, por isso eu sugiro a utilização de ferramentas de TI e outras que possam melhorar a gestão das empresas, isso é mandatório em um ambiente hostil, como o que estamos vivendo”, expõe.

O presidente do Conselho do Instituto Logweb conta que o próprio governo está limitado e a iniciativa privada, meio perdida, sem saber para onde ir. “O BNDES, que deve ser um banco de fomento, poderia atuar mais nesse momento, inclusive olhando para a maior necessidade das empresas hoje, que é o capital de giro.”

PAPEL DO INSTITUTO LOGWEB

De acordo com Wrobleski, o Instituto Logweb pretende ser o canal condutor entre o que o empresário necessita e quem pode ajudá-lo. “O intuito é sermos a voz daqueles que hoje não têm muito com quem falar. A principal função da entidade é ser um lugar onde as pessoas se encontrem para entender o que está acontecendo, discutir e formular ideias para, então, concretizá-las”, ressalta.

O profissional espera que através desse evento, o ILOG consiga ajudar os empresários a desenvolver melhores estratégias para lidar com a atual realidade. O encontro pretende ser bastante interativo, acolhendo as opiniões diferentes e convergentes.

“Pra finalizar, quero deixar aqui um recado: o mar está revolto para todo mundo. Somente discutindo e debatendo pontos de vista, olhando em conjunto para o futuro próximo, é que teremos mais oportunidade de sairmos dessa situação.”

Mais informações, clique aqui.

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